Ele
fala, pobre hugo mãe
Julgando-se
esperto talvez;
Fala,
e escreve, e a sua voz tem
O
alto timbre da estupidez
E avilta, como um riso bobo
No
sossego de um funeral,
Os
nomes dos que sem recobro
Fizeram
bem o que faz mal.
No
que diz há pouco que agrade,
Mas
di-lo como se tivesse
O
esmero que ter jamais há-de.
Ah, fala, fala sem sentido!
O
que em mim sente está pensando:
Opróbrio
há mais conhecido
Que
essa incerta voz aviltando?
Ah, poder ser tu, sendo eu!
Ter
o teu incómodo desplante,
E
o asco disso! Ó idioma meu!
Ó
língua ferida! A montante
Não te estropiavam assim!
Suspende
os disparates! Tenta
Aprender
o grego e o latim!
Depois,
educado, inventa!
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